domingo, 9 de agosto de 2009

Inominável

*Publicado em 29/05/06
(Relevem o pieguismo de alguns textos. Sou movida à paixão e só consigo produzir textos pessoais em fases hardcore. Síndrome?? rs.)

É porque lateja.
Eu trouxe em meus braços as dores duras do amor. Cansei dos abraços, zombei, apertei o passo para tentar tirar da minha sombra a zoeira insandecida que me seguia. Que se seguia a si mesma, sempre.
Projeto na parede da memória o beijo. O instinto de lamber os ouvidos com palavras arrebatadoras. Avassaladoras como o sexo. Como a língua em todas as partes do corpo. Como querer teu sexo no meu. Ainda mais, desejar, ardorosamente, o teu amor amando o meu.
Choro lágrimas cinzas, sem brilho. Enxugo as gotas com as mesmas mãos que protegem minha alma. Que acariciam a tenebrosa aura dessa paixão infinda e tortuosa. Bato a cabeça contra a sua, na tentativa de fundir teus pensamentos com o meu, da maneira mais brusca. Visceral.
Sigo na solidão crua de uma vida sem temores. Mas sigo amando o amor. É porque aprendi a ser otimista.

Um comentário:

Marcelo Tavares disse...

"Bato a cabeça contra a sua, na tentativa de fundir teus pensamentos com o meu..." Gostei disso...rs